CADA POEMA É UM FRAGMENTO DO POEMA GERAL QUE QUINTANA VEIO COMPONDO
DURANTE TODA A SUA VIDA

segunda-feira

PARA OS AMIGOS MORTOS


PARA OS AMIGOS MORTOS

Gadeia... Pelichek... Sebastião...
Lobo Alvim... Ah, meus velhos camaradas!
Aonde foram vocês? Onde é que estão
Aquelas nossas ideais noitadas?

Fiquei sozinho... Mas não creio, não,
Estejam nossas almas separadas!
Às vezes sinto aqui, nestas calçadas,
O passo amigo de vocês... E então

Não me constranjo de sentir-me alegre,
De amar a vida assim, por mais que ela nos minta...
E no meu romantismo vagabundo

Eu sei que nestes céus de Porto Alegre
É para nós que inda São Pedro pinta
Os mais belos crepúsculos do mundo!...

in: A Rua dos Cataventos

Um comentário:

Tais Luso de Carvalho disse...

Que lindo esse poema! Tão real, tão sincero e tão sem medos...Não sei do que ele tinha receios. Acho que a morte era a sua 'prometida'...
bj
tais