A modernidade está intimamente ligada à melancolia cujo “eu” é autônomo e múltiplo. Em “Bilhete a Heráclito” percebemos essa idéia dos múltiplos “eus” - advinda do Século XX - onde Quintana diz que não só o rio em que se banha não é mais o mesmo, mas ele também já não é o mesmo.
Tudo deu certo, meu velho Heráclito,
Porque eu sempre consigo
Atravessar esse teu rio
Com o meu eu eternamente outro...
(QUINTANA,
Heráclito de Éfeso (Éfeso, aprox. 540 a.C. - 470 a.C.) foi um filósofo pré-socrático considerado o "pai da dialética".
Numa série de aforismos, Heráclito enfatiza o caráter mutável da realidade, repetindo uma tese que já surgira nos mitos arcaicos e, com dimensão filosófica, desde os milesianos. Mas em Heráclito a noção de fluxo universal torna-se um mote insistentemente glosado: “Tu não podes descer duas vezes no mesmo rio, porque novas águas correm sempre sobre ti”.
3 comentários:
uma maravilha o seu blog !
voltarei sempre aqui !
abração !
Adorei o Blog...passo a seguir.
Bjs
Elenir
Olá, descobri seu blog, no blog sobre Cecília Meireles...
Gostei muito, pois aprecio os poemas do Quintana, sempre passarei por aqui para pegar alguns escritos...
Bjs
Chris
Visite o meu blog de poemas.
Este aí embaixo é o meu predileto:
"todos estes que aí estão atravancando meu caminho,eles passarão eu passarinho..." Mário Quintana
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