Em tempos de Conferencia Mundial sobre o Clima, que se realiza em Copenhagen – a COP 15 - interessante lembrar do livro: ÁGUA – OS ÚLTIMOS TEXTOS DE MARIO QUINTANA -, publicado em 2001, organizado por Helena Quintana de Oliveira e Eduardo San Martin. São os últimos textos aprovados pelo autor para publicação editados postumamente.
Já foram postados aqui, anteriormente, alguns poemas do livro Água. O texto a seguir mostra a visão de Mario com relação aos bens naturais do planeta. Então vamos a ele:
NINHO DE TUIUIÚ NAS MARGENS DO RIO PARAGUAI
Dizem que a história é a mestre da vida. Mas como é que seus protagonistas incorrem sempre nos mesmos erros? Destruição. Fome. Guerra. Parece que não adiantou em nada os exemplos das reprovações anteriores. Que rede de segurança, pensamos nós, cheios de esperança, que rede de segurança nos aparará?
Quando a água desaparecer, que será do homem, que será das coisas, dos verdes e bichos? Que será de Deus?
Nós devemos ir movendo as peças, sem esquecer que, embora as partidas pareçam variar ao infinito, o movimento de cada peça é único e as regras do jogo são imutáveis.
Terra, te proteja o Homem conservando sempre:
O mais puro cristal das tuas fontes!
O verde único de tuas folhas.
O ninho do Tuiuiú no Pantanal...
Mário Quintana
ÁGUA, 2001
Um comentário:
Maravilhoso!
Infelizmente, na discursão de quem será que vai pagar pelo mundo, acabou mesmo foi a Natureza pagando pelo homem!
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