A beleza dos versos impressos em livro
- serena beleza com algo de eternidade –
Antes que venha conturbá-los a voz das declamadoras.
Ali repousam eles, misteriosos cântaros,
Nas suas frágeis prateleiras de vidro...
Ali repousam eles...imóveis e silenciosos.
Mas não mudos e iguais como esses mortos em suas tumbas.
Têm cada um, um timbre diverso de silêncio...
Só tua alma distingue seus diferentes passos,
Quando o único rumor em teu quarto
É quando voltas, de alma suspensa – mais uma página
Do livro...Mas um verso fere teu peito como a espada de
um anjo.
E ficas como se tivesses feito, sem querer, um milagre...
Oh! Que revoada, que revoada de asas!
Mario Quintana em Apontamentos de História Sobrenatural
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