A partida suave, silenciosa, sem nenhuma bagagem. Meu outro nome, minha outra imagem, não mais o ser terreno...outro, sim outro, que existe escondido nas profundezas da alma e que se revelará, súbito e maravilhosamente.
Bernardo
AEROPORTO
Eu também, eu também hei de estar no
Grande Aeroporto um dia,
Entre os outros viajantes sem bagagem...
Tu não imaginas como é bom, como é repousante
Não ter bagagem nenhuma!
Porém, no auto-falante,
Serei chamado por outro nome que não o meu...
Um nome conhecido apenas pelos anjos.
Mas eu reconhecerei o meu nome
Como reconheço no espelho a minha imagem de cada dia.
E cada chamada será uma súbita, uma maravilhosa revelação.
Menos
Para umas poucas criaturas...
Aquelas criaturas que mereceram ser conhecidas
Ainda neste mundo,
Ainda nesta vida
Pelo seu nome único e verdadeiro!
Mario Quintana in: Preparativos para a Viagem
2 comentários:
Obrigado amigo Bernardo pela correção. Agora sim estas duas fotos do poeta são da minha autoria.
Este é um blog do poeta gaucho tri legal.
Mario Quintana Tri Legal
Aeroporto... Me lembrou "Encontros e Despedidas", do Mílton Nascimento (desconheço se só dele). Essa metáfora de Quintana tb percebo na música citada. E deve ser isso mesmo, é bom pensar assim... Q nosso verdadeiro nome um dia será chamado pelos anjos.
Abrç!
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